quinta-feira, 16 de junho de 2011

Músicos do NEOJIBA se apresentam para a Orquestra Simón Bolívar sob a regência de Gustavo Dudamel

O maestro Gustavo Dudamel rege os jovens do NEOJIBA

No dia 15 de junho, Salvador foi a primeira cidade do Brasil a receber a Orquestra Sinfônica da Juventude Simon Bolívar, acompanhada pelo maestro Gustavo Dudamel e pelo Diretor Fundador do "El Sistema" Maestro José Antônio Abreu, que iniciou na capital da Bahia a Turnê Latino-Americana em comemoração ao Bicentenário da Independência da Venezuela. Além da honra de receber a primeira apresentação da Turnê, que passa ainda por três cidades brasileiras e por quatro países, a vinda da orquestra foi ainda mais marcante por causa do encontro do principal produto do El Sistema com o NEOJIBA, que é o primeiro programa governamental brasileiro integralmente inspirado na experiência venezuelana.

Na chegada dos 250 musicos e equipe a Salvador, dia 14 de junho, uma comitiva de integrantes do NEOJIBA fez uma calorosa recepção no aeroporto. No dia 15, os integrantes do NEOJIBA assistiram ao ensaio geral da Simón Bolívar na Sala Principal do TCA e ao final 150 músicos do programa baiano subiram ao palco para realizar a apresentação mais importante de sua história: tocar para os músicos da Simón Bolívar, sob a regência do maestro Gustavo Dudamel.

Os baianos prestaram uma homenagem aos músicos venezuelanos, muitos dos quais estiveram várias vezes em Salvador participando do NEOJIBA, tocando Danzón nº2, de Arturo Márquez uma das peças mais marcantes do repertório da Simón Bolívar, e executaram ainda a brasileira Batuque, de Lorenzo Fernandez, sendo ovacionados de pé pela orquestra e por Dudamel.

De noite, todos os integrantes prestigiaram a apresentação da orquestra, que veio a Salvador através da Série TCA e com patrocínio da Odebrecht e Braskem.

Clique aqui e veja fotos exclusivas desse encontro histórico.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Orquestra Juvenil da Bahia é aclamada pela crítica londrina

Após a apresentação da Orquestra Sinfônica Juvenil da Bahia no Royal Festival Hall, foram muitos os elogios da imprensa britânica à performance do grupo. Seja citada em matéria do The Sunday Times, um dos jornais mais importantes do país, ou nas críticas ao concerto – do rigoroso Classical Source e do veículo especializado em música latino-americana, JungleDrums –, a YOBA causou sempre uma ótima impressão entre os jornalistas locais. Confira abaixo alguns trechos dos artigos:


The Sunday Times

“Foi inspirador ouvir Lang Lang no Segundo Concerto de Piano de Chopin, como parte do concerto ao lado da notável Orquestra Sinfônica Juvenil da Bahia, orgulho do Brasil, com um regente de 17 anos de idade, Ilyich Rivas, cuja imperturbável autoridade desafia o senso comum”.

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Classical Source

“(...) uma performance graciosa e gloriosamente translúcida de As Fontes de Roma, de Respighi, que retrata um dia na vida da Cidade Eterna, do amanhecer ao anoitecer, através de quatro de suas melhores fontes. Houve uma execução fabulosamente refinada desta peça orquestral, mantendo aceso um impressionante esplendor sonoro; tudo estava lá, desde um furtivo e eloquente solo de violoncelo até traços de cores percussivas silenciadas”.

“No movimento ‘Berceuse’ [do Pássaro de Fogo], foi tocado um emocionante solo de fagote, por um músico que também proporcionou um dos momentos ‘Uau’ no Chopin [Concerto para Piano n.2]”.

“O Gershwin começou com um maravilhoso glissando ascendente da clarineta, uma série de mini-platôs pontuada por pequenas explosões de acentos – tocadas de uma maneira memoravelmente sexy e lenta. (...) Esses brasileiros certamente estavam saboreando o ritmo cativante da obra”.

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JungleDrums

“A segunda peça desta maravilhosa noite no Southbank, (…) o ‘Piano Concerto N° 2’ de Chopin, foi executada com rara perfeição, o que fez a plateia imediatamente se envolver com o que acontecia no palco do Southbank naquele sábado”.

“Com o “Rhapsody in Blue”, o público do Royal Festival Hall quase entrou em transe. Até as pessoas que estavam tossindo pararam. Não havia qualquer outro som no teatro além da música incrível que vinha desta combinação jovem e inusitada – porém brilhante – de um pianista chinês, um regente venezuelano e uma orquestra brasileira”.

“A peça escolhida para fechar a apresentação foi perfeita para mostrar a que veio a YOBA. Os jovens da Bahia tocaram o “Tico Tico No Fuba” (...), o que fez o público instantaneamente perceber que este era o grande momento da Orquestra. Sua mistura única de samba e música sinfônica, combinada com sua atitude jovem, proporcionou o momento mais arrebatador da noite. A YOBA estava se sentindo em casa, como se estivessem dizendo para o público ‘sim, nós podemos tocar música sinfônica com perfeição, mas olha o que também podemos fazer’”.

“Após quase duas horas de pura satisfação musical, cada pessoa no Royal Festival Hall se levantou e aplaudiu efusivamente a YOBA, Lang Lang e Ilyich Rivas por uns bons quinze minutes depois do final do concerto. Minhas mãos chegaram a doer de tanto bater palma; no entanto, meus ouvidos pareciam ter sido massageados pela música surpreendente que ouvi no Southbank Centre”.