Por João Eça (Jornal A Tarde)
Morador do bairro de Engomadeira e estudante de música da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Ismael Santos de Souza, 25anos, já tocou em várias bandas de axé e pagode. Mas foi como trombonista dos Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (NEOJIBA) que ele realmente se encontrou, tendo a oportunidade de estudar e aprender música de concerto.
Ontem, Ismael foi uma das pessoas que estavam no Teatro do Iceia (Instituto Central de Educação Isaías Alves), no bairro do Barbalho, para acompanhar o titular da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-BA), Márcio Meirelles, anunciar que a gestão do NEOJIBA será feita a partir de agora por um processo de parceria entre o governo e a sociedade civil conhecido como publicização, fato inédito no setor cultural do Estado.
Uma das metas do acordo é a reforma do Teatro do Iceia, que custará cerca de R$ 15 milhões. Em 2010, o teatro será o local de ensaios dos núcleos, que antes ocorriam no Teatro Castro Alves (TCA).
“A publicização facilita a captação de recursos e diminui a burocracia. Queríamos, de todo jeito, institucionalizar o NEOJIBA. Temos experiências de sucesso deste modelo de parceria no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, e no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, no Ceará, que foi o pioneiro no País”, explicou o secretário.
A administração do núcleo será feita pela Associação Amigos das Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia e do NEOJIBA (AOJIN), que foi escolhida e habilitada pelo governo como uma organização social.
Com direção do pianista, maestro e idealizador do NEOJIBA, Ricardo Castro, a AOJIN receberá da Secult uma verba anual de R$ 2,4 milhões e terá de complementar o orçamento buscando recursos com a iniciativa privada.
A associação terá de cumprir uma série de metas, a exemplo da anunciada reforma do teatro. Criado em 2007, o NEOJIBA beneficia, atualmente, 135 jovens por meio do ensino musical.
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