quarta-feira, 23 de maio de 2012

Musicistas do NEOJIBA contam como foram as viagens a Jacobina e Conceição do Coité


Confira abaixo o relato de três musicistas do NEOJIBA que estiveram na última visita pedagógica a Jacobina (Projeto Arte de Tocar) e Coiceição do Coité (Projeto Santo Antônio de Música).


Yuli Andrea Martinez (trompa)

"Apesar do meu pouco português, tentei ser bem clara e aproveitar a amabilidade dos jovens e sua atenção para tirar todas as dúvidas. Na chegada a Jacobina desfrutamos de uma linda paisagem e no segundo dia começamos as aulas falando de alongamento e a importância de preparar o nosso corpo para tocar. Os grandes músicos da orquestra nos mostraram seu talento e sua alegria contagiante enquanto dávamos conselhos ao diretor da orquestra a respeito dos seus gestos de sua técnica.

Na noite do grande concerto em homenagem às mães todos estavam organizados e dispostos e nossos corações batiam forte ao ver o excelente trabalho realizado pelos artistas de Jacobina.
No Dia das Mães voltamos para Salvador, onde minha família me esperava. Mas deixamos outra grande família, o os integrantes do PROJART, que com seus olhos tristes na despedida nos mostraram que, na verdade, ao melhorar a sua técnica e falar da alegria que a música nos dá, podemos ajudá-los a mudar de vida."




Rosane Vilaça (violino)

"A minha visita em Conceição do Coité foi muito proveitosa e prazerosa. Fiquei muito surpresa em vê-los tocarem. Quero parabenizar o Maestro e professor dos meninos, Josevaldo, pela garra e a coragem que ele teve e tem pela música; e a D. Maria por acreditar nesse sonho. Eles são talentosos e dedicados, o trabalho funcionou muito bem. Trabalhar com o quinteto também foi muito bom. Enfim, espero encontrá-los em breve! Obrigada ao NEOJIBA pela oportunidade de poder compartilhar estas experiências."




Ana Júlia Bittencourt (flauta)

"Imaginem a seguinte cena: a van do NEOJIBA acaba de chegar a Coité para buscar os músicos das cordas, voltando de Jacobina. Ao descer do carro, imediatamente fui abraçada por uma menina chorando. Levei um pequeno e bom susto. Essa garota se chama Sandi e é flautista do projeto de Coité. Ao me abraçar, Sandi disse o seguinte: 'Você é Ana Júlia, não é? Como estou feliz em te conhecer! Essa é minha flauta. Porque você ficou em Jacobina e não veio nos ver? Precisamos de você. Queria tanto te escutar...' Enquanto ela falava, outros três jovens apareceram e começaram a me abraçar. Apesar de flautista, a carinhosa Sandi não respirou um momento sequer enquanto falava. E quando foi a minha vez de falar, quem disse que saiu algo?! Falar foi difícil naquele momento por conta da emoção e surpresa e, por isso, a forma que encontrei para retribuir tamanho carinho foi tocando, com a própria flauta que ela estava segurando. E antes da van ir embora, deu tempo de consertar uma das flautas, que estava desregulada.
O trabalho do Jal em Jacobina é impressionante! Todos ajudam a todo instante a arrumar a sala, carregar cadeiras, estantes, pegar água para professor, tirar xerox, ajudar ao colega que está com dificuldades mesmo sendo de instrumento diferente... O fantástico nisso tudo é a consciência de que cada gesto é altamente transformador é presente em cada um deles. Espero que o NEOJIBA para sempre seja uma linda referência para todos esses músicos e continue transformando a vida de cada jovem através da música."


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